segunda-feira, março 12, 2007

 

A Baiúca


Baiúca: restaurante ordinário e mal freqüentado (definição contida nos dicionários).Evidentemente colocamos este nome com o intuito de fazer do nosso restaurante exatamente o contrário da definição de Baiúca.Bonitinho, arrumadinho, sempre seguindo as regras da boa etiqueta.Inauguramos em 31 de agosto de 1996, num pequeno ponto próximo ao calçadão, no centro da cidade de Alcobaça, na Bahia.Cabiam somente cinco mesas. Era apertadinho e desconfortável.Não possuíamos quase nada. Fogão, geladeira, mesas, cadeiras e utensílios foram todos emprestados pela proprietária do imóvel.Mas fomos um sucesso desde o primeiro dia. E, rapidamente, ficamos conhecidos e amigos dos proprietários e recepcionistas dos hotéis , pousadas e da Abrolhos Embarcações, empresa de navegação que leva turistas e mergulhadores ao arquipélago, para ver, apreciar e fotografar as baleias e outras belezas daquela reserva ecológica.Isso nos ajudou muito, mas aconteceu devido à qualidade do que servimos e ao bom atendimento.No primeiro ano não tínhamos nem garçom. Eu mesmo atendia e servia os clientes, limpava e arrumava as mesas, enfim, fazia tudo o que era necessário ali, na linha de frente, enquanto a Sirlene fazia de tudo na cozinha.Em nosso primeiro verão, com movimento intenso, contratamos uma copeira e um menino para limpar e arrumar as mesas, mas garçom mesmo só fomos ter a partir de julho de 1997, quase um ano depois, quando já estávamos em outro ponto, maior mas ainda desconfortável, próximo à Praça da Caixa d’Água, onde fica o burburinho dos trios elétricos fervilhando em agitação do público, durante o Verão e, principalmente, no Carnaval.Em nosso terceiro ponto, residimos no mesmo imóvel do restaurante: uma casa muito agradável na Avenida Atlântica, de frente para o mar.Hoje estamos em nosso prédio próprio que construímos da maneira como sempre imaginávamos, à beira-mar, com nossa residência em cima do restaurante.No decorrer desses anos que se passaram, evoluímos bem, apesar da crise por que atravessam as atividades econômicas em todos os lugares, a crise por que atravessa o País e o mundo.Podemos dizer que somos vencedores, porque soubemos administrar a crise e conviver com ela.. Muita gente, nesse meio tempo, quebrou ou fugiu da cidade deixando dívidas.Mas nós estamos firmes.A artista, a “Chef du Cuisine”, a figura principal do espetáculo, é a Sirlene. Prepara tudo ela mesma ou supervisiona e controla, ali em cima, o que é feito na cozinha. Esse é o nosso segredo de sucesso: a qualidade do que oferecemos.Cabe a mim as funções de “restaurateur”.Gosto da boa comida, da boa bebida, gosto de servir e conversar com as pessoas, os clientes. Mas não sou cozinheiro. Posso quebrar o galho, de vez em quando, em algumas coisas, mas minha função é mesmo a de “restaurateur”.Eu trato da parte administrativa do negócio, da parte comercial, do atendimento ao cliente e das relações públicas. Prezo muito pela qualidade dos produtos e serviços que oferecemos, pois essa é a chave do nosso sucesso.

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