sexta-feira, julho 30, 2010

 

Tiwanakus







TIWANAKUS



Das águas do lago Titicaca, onde hoje é a Bolívia, saiu o grande Viracocha, deus criador do mundo, para esculpir o homem em pedra e dar-lhe a alma da vida.
Cravado na cordilheira dos Andes, o lago fica a 80 km de La Paz.
Em 600 a.C. os tiwanukus ocuparam essa região e suas cidades espalharam-se pela bacia do Titicaca.
Templos e pirâmides formavam centros cerimoniais que cercavam as áreas urbanas, onde cultos e oferendas eram realizados, incluindo sacrifícios humanos, a Viracocha.
Tihuanaco, com 90 mil habitantes, foi a maior cidade do império tiwanuku o qual se estendeu por um raio de 500 km. As ruínas impressionam pela grandiosidade e o local é considerado pela UNESCO patrimônio da humanidade.
O altiplano ao redor do lago, onde se instalaram os tiwanukus, tinha recursos abundantes. Peixes, carne de lhamas e alpacas e um eficiente sistema de irrigação e drenagem responsável por generosas safras de batatas, plantadas em terraços feitos na montanha, com a sustentação de muros de pedra.
Geoglifos (sinais e desenhos) nos desertos da Bolívia e do Chile serviam para orientar as caravanas que percorriam os Andes em um intenso comércio. Para localidades do litoral iam couro, charque, batata seca, milho, frutas, pimentas, alucinógenos, lã, roupas e cerâmica. No retorno vinham peixe seco, mariscos e minerais como o cobre.
Além do comércio, as caravanas tinham, também, como objetivo, divulgar suas crenças e sua cultura. Algumas expedições incluíam sacerdotes entre seus componentes, para essa finalidade.
Misteriosamente, talvez em conseqüência de alterações climáticas prejudiciais à produção de alimentos, por volta do ano de 1200, a civilização tiwanaku desapareceu. As informações de fontes seguras que obtemos hoje a respeito dela provêm de pesquisas de arqueólogos e historiadores. Como não desenvolveram nenhum sistema de escrita, somente os relatos dos europeus são disponíveis. Pouco confiáveis, por trazerem sua interpretação etnocentrista.

quinta-feira, julho 15, 2010

 

Colombo









1492 - A Conquista do Paraíso











Gerard Depardieu























Sigourney Weaver








Dirigido por Ridley Scott















Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Campus X – Teixeira de Freitas
Curso: História III
Disciplina: Povoamento e Colonização da América
Professora: Sayonara Oliveira Andrade Elias
Aluno: Hermas Braga Dale Caiuby
06/08/2008

COLOMBO
1492. Ano de grandes transformações políticas, econômicas e sociais na Europa. Os reis católicos Isabel e Fernando, de Castela e Aragão, conseguem a unificação da Espanha. Os mouros (muçulmanos) foram expulsos de Granada,seu último reduto no continente europeu.
“Perdemos uma grande cultura”, afirma um personagem do filme “1492 – A Conquista do Paraíso”.
Os judeus também foram obrigados a se retirar da Espanha.
As fogueiras da Inquisição faziam hereges arder em praças públicas.
Nesse clímax, Colombo consegue, a duras penas, convencer Isabel a financiar sua tão desejada viagem, Atlântico adentro, rumo às Índias. Nos anos anteriores, o almirante passara por tentativas frustradas em Portugal, Inglaterra, França e Holanda. E, mesmo na Espanha, isso só foi possível após o final dos gastos em combates contra os árabes em Granada.
Riquezas, o ouro em especial, traduziram-se em chamariz para a aprovação da empreitada e para recrutar os tripulantes. Bem como, para acalmá-los nos momentos mais delicados da viagem, com a demora e a ansiedade pela chegada em terra firme.
O filme já citado faz uma bela e entusiástica encenação de como deve ter ocorrido a partida das três naves comandadas pelo almirante, ao iniciar uma viagem sem qualquer tipo de prognóstico possível a respeito dos perigos a enfrentar naquele mar oceano nunca antes penetrado.
Tão empolgante é também o momento do grito, lá de cima:
“Terra!”
Colombo era um visionário. Embalado nas narrativas de Marco Polo, tencionava entrar em contato com o Grande Can ou imperador da China e iniciar com ele a expansão do cristianismo. Presumia ter o Grande Can demonstrado interesse a Marco Polo pela doutrina da Igreja.
Com o ouro que encontrasse teria os recursos necessários para outro sonho. E este bem mais chocante: uma cruzada para a libertação de Jerusalém, partindo lá mesmo, do próprio Oriente.
E mais um outro ainda: próximo ao Equador, ele acreditava estar localizado o paraíso terrestre.
Na ilha de Cuba, obrigou todos a fazer um juramento de que tratavasse ali de um continente e sabiam poder encontrar povos mais adiantados naquelas terras, tão obcecado estava de que chegara na Ásia.
Com os índios, Colombo não teve boas relações. Referia-se a eles como fazendo parte da paisagem e nunca interpretava ou traduzia corretamente o que lhe falavam. Ora considerava-os medrosos, fracos e covardes. Ora conhecedores, inteligentes, perspicazes. E parece que distribuía as mulheres entre seus comandados.
Diferentemente do que se pensava, Colombo não terminou sua vida na pobreza e como louco. Ele ficou com sua parte do que foi encontrado e rendido alguma riqueza nas conquistas. Antes da expedição, tudo isso foi acordado e assinado com os reis de Espanha.
Por intrigas e invejas de adversários, ele ficou durante algum tempo recluso, no ostracismo. Seu nome foi encoberto pelo de Américo Vespúcio, do qual vem a denominação do continente: América.
Referências
Filme: 1492 – A Conquista do Paraíso. Com Gerard Depardieu e Sigourney Weaver, dirigido por Ridley Scott.
Todorov, Tzvetan. A Conquista da América – a questão do outro. 3ª ed. Brasileira, São Paulo: Martins Fontes, 2003.

 

A Escrita da História

Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Campus X – Teixeira de Freitas – Depto. de Educação
Curso: História V
Disciplina: Introdução à Pesquisa Histórica
Docente: Profa. Kylma Marluza Luz Kramm
Acadêmico: Hermas Braga Dale Caiuby
23/08/2009

A ESCRITA DA HISTÓRIA E SUA COMPLEXIDADE

Cardoso, Ciro Flamarion S. Uma Introdução à História. São Paulo: Brasiliense, 1992.

Cardoso, nesta obra, destaca a polêmica existente já de há muito tempo, da possibilidade ou não de a História ser considerada uma ciência. Ela não pode ser comprovada pela verificação repetida como acontece com a Matemática e a Lógica. No entanto, partindo desse princípio, a Biologia também estaria na mesma posição, visto que a origem das espécies e a evolução não poderão ser examinadas novamente e nem poderão ser feitas previsões de como se transformarão no futuro. Inclusive não podem ser dadas, como na História, explicações do passado, mas sim interpretações. A essa visão de um pensamento chamado de neopositivismo contrapõe-se a perspectiva marxista com o materialismo histórico e a dialética, buscando fatos que se repetem ou não variam.
Mais adiante, o autor cita Marc Bloch com sua definição de História: “ciência dos homens no tempo”. Ao que chama de otimismo de Bloch, mostra a postura oposta de “o mosaico ciência-caos” de Veyne, a “História como arte e prática” de Granger, “ciência que não é bem uma ciência” de Jaeglé e Roubaud e a total negação de Patterson. Com essas definições ele pergunta: por qual decidir? E coloca o pensamento que quer defender afirmando não existir nada radicalmente contrário à possibilidade da História vir a ser uma ciência. Conclui com o ponto de vista de que a História a cada dia aproxima-se mais de ser uma ciência, o método científico ainda encontra-se em elaboração “e que portanto a História é uma ciência em construção”.
Mas o que é ciência? A ciência procura a verdade de uma maneira própria, através do conhecimento objetivo, propondo problemas verificáveis cujos resultados podem ser submetidos a comprovação. Cardoso resume sua definição de ciência como o “conhecimento das leis da natureza e da sociedade”, com determinadas práticas, “dois níveis qualitativamente diferentes” – o teórico e o empírico -, sócio-historicamente está vinculada a um complexo “conjunto material e cultural de cada época da história humana”, “é histórica e portanto falível” não tendo a intenção de obter a verdade incontestável, mas verdade parciais, partindo de conhecimentos menores para os mais abrangentes.
A partir daí, Cardoso traz um retrospecto da evolução da História como disciplina a partir do século XVI, com o humanismo da Renascença e da Reforma, a preocupação com a autenticidade dos documentos utilizados como fontes no século XVII, afirmações, no século XVIII, de Condorcet, que os fatos poderiam ser objeto de conhecimento científico, com “previsibilidade”. No século XIX com o surgimento de grandes escolas como a positivista, historicista e marxista, até chegar à “História-problema” em lugar da “História-narração” e a principal influência para a concepção como ciência vinda do “grupo dos Annales”. Finalizando este capítulo, o autor volta a afirmar seu pensamento considerando a História como ciência em construção e afirmando que, mesmo para as outras ciências, não existem mais “verdades absolutas e eternas”. Trata-se de uma ciência em construção porque ainda não chegou a um método científico condizente com o seu objeto de estudo.
No capítulo seguinte, Cardoso discorre sobre o método científico em História, descrevendo os passos a serem seguidos, levando-se em conta, além dos documentos como fontes, também as ciências auxiliares que são em grande quantidade. Quanto aos documentos cita Marc Bloch quando este afirma que as fontes não falam por si mesmas e devem ser feitas as perguntas adequadas para que elas sejam úteis. Encerra dizendo que a construção teórica sofre com muitas falhas e as dificuldades de que as sociedades são sistemas indefinidos como diz Raymond Boudon.
Depois são abordados os passos da pesquisa histórica em detalhes, no capítulo seguinte, com dados e normas para a produção de um projeto de pesquisa.
Encerra com uma “conclusão geral: para que serve a História?” Comenta a respeito da História como “ciência das transformações das sociedades humanas no tempo e afirma o compromisso que tem o historiador brasileiro com a sociedade, diante de tantas desigualdades e injustiças. Diz Cardoso que a História “nova”, a “História-problema” com sua preocupação com o coletivo e o social, deve ser observada nas pesquisas e no ensino de História em nosso país.

 

Profissionais da Educação


blog.moadesenhos.com.br



Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Campus X – Teixeira de Freitas – Depto. de Educação
Curso: História IV
Disciplina: Política Educacional
Docente: Profa. Cecília Maria Mourão Carvalho
Acadêmicos: Cláudia Coelho, Elane Carvalho e Hermas Caiuby
30/03/2009

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Legislação e ações governamentais

Conta o folclore político baiano que um certo governador em determinada ocasião disse: “Professor é igual ao sal. É necessário, mas tem de ser baratinho.”
Não existem dúvidas quanto ao papel decisivo do magistério para obtermos uma educação de qualidade. Discursos e mais discursos falam disso. Programas, projetos e leis abordam a necessidade da valorização do profissional da educação. É uma mesma cantilena, monótona que sabemos ficará somente nas palavras, nas boas intenções e nas promessas.
Por ironia, o professor é a única categoria profissional em que a Constituição garante que seja determinado um piso salarial. É uma importância muito grande que se dá aos profissionais da educação, paradoxalmente àquilo que se vê na prática, no cotidiano, no dia-a-dia.
Um piso salarial que atraia bons profissionais e motive os já em atividade é imprescindível e inquestionável para que se atinjam as necessidades e exigências atuais de qualidade no ensino.
A seguir vamos relacionar algumas coisas que já existem no papel e algo também na prática, referentes aos profissionais da educação, na LDB, PNE, PDE, bem como ações do MEC até o momento.

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996):

- Formação profissional para a educação básica: superior, com licenciatura.
- Formação mínima para educação infantil e as quatro primeiras séries do ensino fundamental: nível médio Normal.
- A formação incluirá prática de ensino de, no mínimo, 300 horas.
- Magistério superior: pós-graduação em programas de mestrado e doutorado.
- Notório saber reconhecido por universidade com doutorado na área poderá suprir a exigência de título acadêmico.
Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive, nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
• Concurso público de provas e títulos;
• Aperfeiçoamento continuado com licença remunerada;
• Piso salarial;
• Progressão por titulação ou habilitação e avaliação do desempenho;
• Período para estudos, planejamento e avaliação na carga horária;
• Condições adequadas de trabalho.

PNE – Plano Nacional de Educação (2001):

Melhoria da qualidade, com a valorização do magistério, cujo papel é decisivo, para obter esse objetivo. Dar a importância necessária para a formação profissional inicial; condições de trabalho, salário e carreira; formação continuada; aulas em um único estabelecimento de ensino; tempo para atividades complementares; salário condigno e competitivo no mercado de trabalho de ocupações de nível equivalente; pelo menos 60% do Fundef para remuneração; compromisso social e político do magistério.
Incluir na formação, conhecimentos sobre educação de pessoas com necessidades especiais, bem como, história, cultura, conhecimentos, manifestações artísticas e religiosas do segmento afro-brasileiro, das sociedades indígenas e dos trabalhadores rurais e sua contribuição na sociedade brasileira.

PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação (2008):

Distinção aos profissionais de educação, única categoria profissional com piso salarial nacional constitucionalmente assegurado.
Cooperação entre UAB – Universidade Aberta do Brasil, estados e municípios para manter pólos de apoio presencial para professores sem curso superior ou para formação continuada.
Cursos semi-presenciais modulares.
Programas de educação à distância.

A UNESCO, em 1993, instaurou a Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI.
Em 1996 foi elaborado por essa comissão o Relatório Jacques Delors, com a participação de especialistas de vários países.
Concluíram os pilares da educação para as próximas décadas como sendo os seguintes: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser.
O relatório enfatiza a relevância do papel dos professores. Formação adequada e condições para um trabalho educativo eficaz.
Nosso quadro requer investimentos substanciais para recursos materiais e formação de profissionais.
Tema crucial: formação de professores e formação continuada.
Vontade política, entendimento suprapartidário, sem a tradicional descontinuidade administrativa do Brasil.
Status dos cursos de formação de professores é menor que dos demais cursos universitários.


Críticas do documento:
- Necessidade de formação profissional é considerada menor quanto menores forem as crianças;
- Professor sem participação no projeto educativo da escola;
- Concepção autoritária e o professor é um receptor de informações e executor de propostas;
- As práticas de formação destinam-se a preparar o professor para ser um aplicador e um técnico e não um profissional com domínio de sua prática e com autonomia para tomada de decisões;
- Educação: formal e rígida desconsiderando a importância da informalidade, do vínculo afetivo, da comunicação, do jogo, do riso e do entretenimento;
- Modalidades convencionais de comunicação como aula, seminário, palestra, curso e oficina. Desprezam-se outras: intercâmbio, uso de recursos de documentação, simulação de situações-problema, etc.

Programas e Ações do MEC:

- Distribuição de Material Científico-Pedagógico para Professores do Ensino Médio.
- FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais.
- Prêmio Professores do Brasil – criação e prática de projetos pedagógicos.
- Programa de Formação Continuada para Professores do Ensino Fundamental.
- Programa Nacional Biblioteca na Escola – distribuição de obras literárias e para a formação de professores.
- Pró-Infantil – Curso de Nível Médio à distância para professores de educação infantil.
- Pró-Letramento – programa de formação continuada de professores nas áreas de leitura/escrita e matemática.
- Banco Internacional de Objetos Educacionais – portal para assessorar o professor com recursos educacionais gratuitos.
- Escola de Gestores da Educação Básica – programa de formação de gestores escolares.
- Formação de professores através do ensino à distância, em parceria com a UAB – Universidade Aberta do Brasil.
- PIBID – Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência.
- PRADIME – Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação.
Encontros presenciais ou à distância.
- PRODOCÊNCIA – Programa de Consolidação das Licenciaturas.
Financia projetos para formação de futuros docentes e procura elevar a qualidade do ensino superior.
- PROFORMAÇÃO – curso de nível médio, com habilitação para o magistério na modalidade Normal.
- Programa de Educação Inclusiva – formação de educadores para disseminar a política de educação inclusiva (para pessoas com deficiências).
- PROLIND – Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas.
- Rede de educação para a diversidade – formação de professores para a inserção de temas de diversidade nas salas de aula.
- Rede Nacional de Formação de Professores – programa de formação continuada de professores de educação básica.
- Projeto Escola que Protege – formação de profissionais da educação para atuarem no enfrentamento à violência, de preferência prevenindo.
- PROFUNCIONÁRIO – curso técnico de formação para os profissionais de educação básica.
- Formação pela Escola – fortalecer o trabalho de gestão de recursos públicos do FNDE, com formação continuada, à distância.
- TV Escola – canal do MEC que aperfeiçoa e atualiza o trabalho de educadores da rede pública.
- TV MEC – canal disponível no site do MEC para promover interação do usuário com temas de educação.

Cremos que nossas conclusões são as mesmas verificadas pela maioria das pessoas preocupadas com a situação da educação no Brasil e, em especial, com as condições de ensino enfrentadas pelos profissionais da educação. Elas foram embasadas em pesquisas de campo, na entrevista e por nossa vivência em escolas e colégios da rede pública.
Não há participação da sociedade e muito menos de professores ou seus representantes na formulação das políticas governamentais adotadas. Os concursos públicos são raríssimos e as lacunas existentes nas escolas e colégios são supridas através de um exame ridículo como o do REDA – Regime Especial de Direito Administrativo, chamado de Processo Seletivo Simplificado para Seleção Pública, para contratação temporária de pessoas completamente despreparadas, pois não é exigida a formação ou estar em um curso superior de licenciatura. Ocorre também que nas provas de conhecimentos específicos não são contempladas questões da especialidade para a qual o candidato inscreveu-se, deixando, assim, uma brecha para que qualquer um seja aprovado. Outro descalabro é o de que as prefeituras municipais podem colaborar com o pagamento de professores contratados sem concurso para dar aulas nos colégios estaduais.
O piso salarial oferecido pelo governo Lula, pode até estar melhorando a situação de muitos educadores de cidadezinhas longínquas e que recebem menos que um salário mínimo, porém, na realidade, é ridículo, é uma piada para quem se diz preocupado com a qualidade do ensino em nosso país.
A progressão por titulação ou habilitação tem seus limites e nós, pessoalmente, nunca vimos ser feita avaliação do desempenho de profissionais da educação.
Acreditamos que as Atividades Complementares (AC) incluídas na remuneração do professor são ótimas quando feitas em casa, onde você pode desfrutar de conforto e tranqüilidade para planejar aulas e corrigir provas e trabalhos, sem interferências incômodas que paralizam com freqüência a tarefa que está sendo feita.
Finalizando, apontamos que em muitos lugares, em uma grande quantidade de escolas situadas em zonas rurais e mais pobres, não existem condições adequadas de trabalho. A precariedade é tamanha ao ponto de em algumas localidades não existirem livros e muito menos qualquer tipo de equipamento de apoio. Até giz ou canetas piloto faltam.
Nossos governantes ainda não estão amadurecidos o suficiente para discernir a respeito da gravidade do problema e quão decisiva é a valorização do magistério para auxiliar na solução de um problema que demorará décadas para demonstrar resultados a partir do momento da implantação de um projeto adequado e lógico.
Uma opção seria a sociedade em peso pressionar rigidamente a classe política com a finalidade de ver suas exigências de inclusão e qualidade de ensino transformadas em realidade. Para isso cremos que nós, estudantes e educadores, precisamos divulgar as idéias de Paulo Freire a todas as pessoas que fazem parte de nosso círculo de relacionamentos.
Professor não é igual ao sal: necessário, mas que tem de ser baratinho.
Tem de ser caro, porém sem esquecer de sua responsabilidade social.


Referências

- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília: Presidência da República, 1996.

- Plano Nacional de Educação – PNE. Ministério da Educação - MEC. Brasília: INEP, 2001.

- PDE - O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: Ministério da Educação - MEC, 2008.

- Cara, Daniel. Plano de Desenvolvimento da Educação: ausências e limitações. www.cnte.org.br. Artigo produzido em 20/03/2009. 19:13.

- Referenciais para formação de professores. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: Ministério da Educação – MEC, 2002.

- Valente, Ivan; Romano, Roberto. PNE: Plano Nacional de Educação ou Carta de Intenção? Campinas, SP: Educ. Soc., Campinas, vol. 23, n. 80, setembro/2002, p. 96-107. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br.

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