quinta-feira, maio 18, 2006

 

A Primeira Viagem de Avião da Sirlene

Posted by Picasa Alguns dias após Sirlene vir morar comigo, eu e ela saímos para nossa Lua de Mel.Já havia programado essa viagem com bastante antecedência e a expectativa era grande, pois seria a primeira vez que ela sairia de Sto. Antônio do Jacinto, em Minas Gerais, para um lugar mais distante de Teixeira de Freitas, na Bahia, cidade onde residiu com parentes enquanto estudava.Saímos de Sto. Antônio para Porto Seguro no fusquinha que eu tinha na época, junto com um colega do Banco, o Ivar Franco, e um vigilante, o Zé de Tula. Eles trariam meu carro de volta, pois, de Porto Seguro, seguiríamos para o Rio de Janeiro, de ônibus.Chegando ao Paraíso Tropical do Sul da Bahia, ficamos numa pousada e dispensamos o Ivar, Zé de Tula e o fusquinha.Era carnaval e nos divertimos muito. Fizemos uma excursão de escuna até Coroa Alta, um grupo de arrecifes em alto mar. E outra excursão a Trancoso.Quando seguíamos para Trancoso, atravessando de barco até Arraial d’Ajuda, cruzamos com a balsa que regularmente, de hora em hora, transporta veículos e pessoas de um lado a outro. Na balsa, de longe, vimos o Ivar, Zé de Tula e o meu fusquinha. Acenamos, mas eles não nos viram.Mais tarde, após nosso retorno das férias, fiquei sabendo que o Ivar pintou e bordou com meu carro no Arraial d’Ajuda. Chegou a dar carona a cinco integrantes de um conjunto de lambada no meio da estrada de terra e dizia: “Não tem problema. O Hermas não liga para coisas materiais. Ele é espiritualista”.De Porto Seguro fomos a Eunápolis, onde pegamos o ônibus, à noite, para o Rio de Janeiro. Lá hospedamo-nos no Hotel Luxor Continental (quatro estrelas), no Leme e, durante uma semana, mostrei a Sirlene os principais pontos turísticos da cidade, quase sempre de táxi, para evitar os constantes assaltos que já eram intensos naquele ano de 1989.Um desses dias passamos em Petrópolis onde visitamos a antiga residência de verão do imperador Dom Pedro II, hoje o Museu Imperial de Petrópolis. Vimos, também, o Palácio de Cristal, a igreja que contém a tumba da família real brasileira, a casa de Santos Dumont (muito interessante) e o antigo cassino Quitandinha.Para mim foi muito bom rever esses lugares e mais o Pão de Açúcar, o Corcovado e praias do Rio de Janeiro. Para Sirlene deve ter sido extremamente excitante. Ela não externou isso para mim na ocasião, mas para quem viaja pela primeira vez na vida, conclue-se que foi uma coisa excepcional.Sem comentar nada com ela, eu estava curioso para observar algumas coisas como: a chegada ao Rio de Janeiro, pela ponte Rio – Niterói, com a vista do Corcovado e do Pão-de-Açucar ao fundo (ela ficou interessadíssima olhando pela janela do ônibus); e a primeira vez dela em vários lugares diferentes dos que se encontra em uma pequena cidade do interior, como o hotel, bons restaurantes, shopping centers, chope na Av. Atlântica; além dos pontos turísticos.No final de nossa turnê reservei uma outra surpresa para ela: o retorno para casa, via Belo Horizonte, de avião.Por incrível que pareça, transcorreu tudo normal para Sirlene, desde a partida no Galeão até a chegada em Confins. Ela parecia uma viajante já experimentada. Apesar de meus comentários maldosos para colocar medo nela (a asa do avião está balançando; será que aquele motor parou?; as turbulências são perigosas...), Sirlene não esboçou qualquer reação. Permaneceu impassível.Somente alguns meses depois, sem querer, escutei de nosso quarto, uma conversa dela, na sala, com uma amiga, falando que ficou apavorada no avião, mas manteve-se firme para não demonstrar nada para mim, que estava querendo me divertir às custas dela.Corajosa mesmo! Para agüentar as gozações que eu fiz...!

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